O consumo de peças de moda tem mudado bastante nos últimos anos. Muito disso ocorre, principalmente, pelas macrotendências que têm revolucionado não só o mundo da moda, mas também outras áreas, como a cultura, a arte e a economia.
Por isso, é importante você conhecer as macrotendências, bem como entender as diferenças entre elas e as microtendências. Esse conhecimento pode auxiliar você a repensar no seu posicionamento e no seu consumo de peças de moda.
Interessante, não é? Então leia este artigo até o final e entenda mais sobre o assunto. Boa leitura!
O que são macrotendências?
As macrotendências são aquelas tendências que são aderidas de forma global, ou seja, normalmente estão atreladas a posicionamentos e identificações de forma geral. No mundo da moda, elas dizem respeito às tendências que provocam grandes transformações, normalmente gerando novos movimentos e correntes culturais.
Nós sentimos os impactos delas por muitos anos ou, em alguns casos, elas nunca deixam de estar presentes e influenciam as próximas correntes por um longo tempo. Elas representam uma espécie de comportamento em relação ao mundo da moda e afetam toda a cadeia de produção e consumo.
Muitas vezes, as macrotendências do universo da moda não afetam apenas essa área, mas também outras, tais como:
- literatura;
- música;
- cinema;
- teatro;
- fotografia;
- artes visuais.
Atualmente temos diversas macrotendências coexistindo no mundo da moda. São elas:
- introdução de tecnologias;
- sustentabilidade;
- cultura compartilhada;
- movimentos no gender (sem gênero);
- feminismo, entre outras.
Essas tendências, sem dúvida, estarão nas próximas estações por muitos anos e, possivelmente, jamais deixarão de nortear a moda como um todo. Isso porque trata-se de princípios sociais importantes e que vão além dessa área, trazendo transformações significativas para a nossa sociedade.
O que são microtendências?
As microtendências, em compensação, são aquelas que geram impacto no dia a dia, de forma muito menor do que as macrotendências. Normalmente são mais comerciais e duram menos tempo, com ciclos de 3 a 5 anos.
Normalmente trata-se de coisas menores, como um tipo de estampa, uma paleta de cores, tamanhos de acessórios, modelos de óculos, entre outros. Veja exemplos disso, para que fique mais claro:
- calça pantacourt;
- veludo;
- max bijoux.
Quais as diferenças entre macrotendências e microtendências?
Bom, para você que ainda não entendeu quais são as principais diferenças entre essas duas tendências, vamos mostrar os contrapontos entre elas, com exemplos.
O simples uso de materiais naturais pode ser uma microtendência que durará pouco tempo (3 a 5 anos), mas o valor de uma moda sustentável, como um princípio a ser seguido, é algo mais profundo e que vai muito além do simples uso de materiais naturais nas peças. Por isso, ela pode se intensificar em alguns momentos ou desacelerar em outros, mas essa ideia permeará toda a produção da indústria da moda ainda por muitos anos.
Ou seja, é possível ver como as macrotendências afetam as microtendências, não é mesmo? Por exemplo, o princípio de uma moda no gender pode fazer com que surjam peças andróginas como microtendência. Essas peças em si não revolucionam a sociedade ou transformam o atual contexto, mas refletem um contexto maior de mudanças que se aplica à moda.
Precisamos ressaltar também que muitas vezes as microtendências não estão, necessariamente, atreladas a uma macrotendência. A adesão à calça pantacourt, por exemplo, não tem relação com as macrotendências vigentes atualmente. Muito provavelmente, após a duração do seu ciclo, ela cairá em desuso, vindo uma outra tendência de curta duração e assim sucessivamente.
Quais erros você não pode cometer ao consumir produto de moda?
E como compreender essas questões pode ajudar você no consumo de produtos de moda? Para responder a essa questão, precisamos entender o atual momento de valorização do slow fashion e a relação de algumas microtendências, com o fast fashion.
Nos últimos anos, o slow fashion ganhou popularidade por estar alinhado, justamente, com uma moda mais sustentável e com melhores condições de produção para as pessoas envolvidas no processo. É um termo relativamente novo (criado em 2004, em Londres) e diz respeito às práticas de consumo consciente, que evitam o consumismo exagerado.
Seus principais lemas são “menos é mais” e “qualidade em vez de quantidade”. Ou seja, esse movimento reforça a necessidade de adquirir peças mais duradouras, que poderão ser utilizadas por muitos anos, não caindo em desuso com o tempo.
Além disso, o slow fashion foca, por exemplo, a produção local, feita de forma sustentável, que tenta causar o menos possível de danos ao meio ambiente e busca trazer pessoas competentes que atuam localmente para trabalharem junto à marca, gerando sustentabilidade econômica.
O fast fashion, em contrapartida, é a “moda rápida”. Sabe aquelas lojas que trocam suas tendências quase que semanalmente? Elas são adeptas desse modelo. Sua produção é em escala, normalmente não geram peças de personalidade, consomem muitos insumos naturais em sua produção e impactam consideravelmente a economia local por oferecerem condições abaixo do mínimo aos seus trabalhadores.
Nesse modelo, as microtendências não duram anos — duram, no máximo, meses ou até mesmo semanas. E se você tende a acompanhar esse processo, rapidamente deixará de utilizar determinadas peças. Isso gera uma necessidade de consumo rápido, desenfreado e pouco consciente.
Em alguns casos, você sequer vai utilizar aquela peça que comprou porque ela já não estará mais “na moda” quando você tiver a oportunidade de usá-la. Ou seja, isso gera desperdícios consideráveis — não só de dinheiro, mas também de recursos, já que você descarta a sua peça muito rapidamente.
Por isso, talvez um dos grandes erros do consumo de produtos de moda é focar, justamente, as microtendências do mundo fast fashion. Isso porque logo essas peças se perdem e você tem pouco proveito delas.
Utilizar itens que estejam dentro dos princípios das macrotendências existentes é um bom ponto de partida para você minimizar os erros e conseguir ter não só um consumo mais consciente, mas que permita também um maior alinhamento com as tendências atuais. Bom, não é mesmo?
Um exemplo de marca que trabalha alinhada com as macrotendências atuais é a Amélia. Trabalhamos com produção sustentável, tanto no que diz respeito ao uso de recursos naturais quanto no processo de criação e produção.
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